Aquele silêncio ensurdecedor que pairava sobre a casa foi abruptamente interrompido pelo «ding-dong» da campainha; um som tenso, consequência dos frenéticos toques feitos ao interruptor pelo indicador do visitante. Fui obrigado a protelar o romântico desfecho do meu sonho com a Zaida, a vizinha do quarto andar. Despido de qualquer semblante de simp
Ler MaisA tragédia está servida! E para que se dissipem os habituais equívocos, usados como escudos retóricos pelo narcisismo institucionalizado, o que faz ouvidos de mercador às questões fundamentais da sociedade, repito: olá humanidade, a tragédia está servida. Sobre o grande banquete jaz a mesma carne de caça, desta vez
Ler MaisQuando os ladrões chegaram, estava prestes a concluir o conto sobre a doença de Parkinson. Andava consternado. A ideia surgiu quando vi uma mão. As vezes basta uma mão para acender algo dentro da cabeça. A senhora vibrava, compassadamente. Tremia. A mão. Inventei conversa. Quando tive oportunidade, não hesitei. Perguntei porquê tremia. &
Ler MaisLi recentemente o artigo académico da Nilza Laice “A cultura do silêncio: a cripta viva da colonialdade em Moçambique” escrito no âmbito do seu doutoramento na UNB, no Brasil e publicado na revista África e Africanidades em novembro de 2019 e fiquei com a animadora sensação de que não estou só nesta busca incessante por compr
Ler Mais-Mas com que vais então, encher o infinito? Leopoldo Lugones I É o teu início quem precipita O mecanismo da concertina Mesmo que com música de vento E os agudos tristes do violino Culminam o creme das tuas asas. II Como cativa Assim cativas Cultivas Finíss
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